sexta-feira, 1 de julho de 2011

_soneto da contemporaneidade

''De tudo ao meu amor serei atento...''
- Porra nenhuma!
Em meu amor, nunca encontrei alento
...sequer verdade alguma.
"Com tal zelo e sempre e tanto...''
- Zelo é o caralho!
Meu amor nunca me envolveu num manto
Ele é falho!


''Quero vivê-lo em cada vão momento....''
- Quero nada...
E como não quero, finjo que quero, invento...
O meu amor é uma sacola furada!!
"Quem sabe a morte, angústia de quem...''
- Vive?!
Você não sabe o poder qu'angústia tem,
menos ainda sabe onde eu estive.
O amor, amigo, é vento que vai e vem;
é ferida, é chaga aberta, é dor e chama
é u'a lista de hipérboles que fim não tem
é um quarto trancado às escuras, onde não há cama...

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