mostre saída a essas paredes de martírio.
Quero vencer como nenhum outro homem venceu:
Vem desnudar-me dessas roupas de delírio
Castigaram-me as costas com ofensas
e recebi uma coroa que não era minha.
Do céu me desceram acusadoras presenças,
fui feito Rei e ao meu lado não via Rainha.
Provei a dor de multidões 'inda não nascidas
e, de joelhos, a prece ouvida não era por mim.
Mãos e pés, costas e testa, só havia feridas:
o manto de dor, de erro e loucura não tinha seu fim.
Eis que então soltei o clamor em mim guardado
Reti a dor, verti o sangue, não ouvi meu 'ai':
"Estou eu aqui, tu me tens abandonado...
...que o céu que ri esconda a face de choro do Pai."
Como prometido, vim visitar essas paragens poéticas.
ResponderExcluirAbraços da Carmen.