És a que me faz nadar em medo e pavor
Em todo o tempo em que o riso ameaça ir.
Mas é nas horas de seus gritos, brigas e dor
Que eu sei ser eu o que te faz, também, sorrir.
É de um mundo que não chamo mais de meu
E o meu canto é sempre e tanto à mesma voz:
''eis, vem vindo, que o amor, que esperei, aconteceu
Eu e tu se mesclam tanto que me visto de nós”
Sim, eu temo, temo muito, temo o indício
De ver outros pés no caminho que traçamos:
Sonho você lá no meu fim, como no início
E o seu sim presente em mim, passados os anos.
Se o mês ou o mais passa e assim nem vejo
É porque tenho quem me separe do perigo,
É porque tenho quem leve consigo o meu desejo
De ver em rosto, além do meu, o próprio abrigo.
É como um ritmo sem regras, mão sem luva
Transe que vem sem que ao menos seja visto;
É como beber, em liberdades, d’água da chuva:
Te ter em mim é o final esperado e bem quisto.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirObs: finalmente consegui comentar no seu blog
ResponderExcluir\o/
Por favor, lance um livro. Um talento como seu precisa ser impregnado nas páginas literárias da velha escola.
ResponderExcluirE ratificando Raquel, publique com mais frequência.
Gostei de como conduz. Bom escrito. Com mais tempo verei os outros e terei uma opinião mais completa. Mas por ora deixo meu apreço.
ResponderExcluirAbs
Confirmo tudo o que disseram antes de mim.
ResponderExcluirE deixo mais: Amei a sintonia das idéias que se produziram em mim.
Mariana.
Mas, então encontrou o que tanto busca? (fazendo relação com "quem eu sou" do seu perfil)
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