altar de pedra onde termina o todo
palco dos vermes e de sua fome sem fim
lago de rostos, espelho de sombras e lodo
chama que oscila das velas erguidas a mim.
fechar os olhos aqui é abri-los lá,
cessar o sopro de um lado do véu,
é o mesmo que adiar o que é 'já'
enquanto caminha-se e o olhar é para o céu.
se é inevitável vestir-se co'a madeira
e se o véu sobre a cabeça encanecerá,
que venha a campa, pesada e verdadeira,
abraço do fim, beijo que a terra dará.
e quando tudo que sou for o que fui
aí então há de sobrar podre memória;
no lamento louco de línguas em 'ai' e 'ui'
a inspiração de uma obra por nome A Glória.
Noossaaa adorei esse...eh bem mais meu gosto^^
ResponderExcluirbjo