sexta-feira, 28 de maio de 2010

_agora

Quero ser eu, mas como!?
Se nenhum dos que vejo são ‘eus’
Capazes de ser aquele a quem somo
Quando me riem, ou choram, ou me dizem adeus.

Quero o choro convertido em riso
Ser amado sendo exatamente quem
Eu sou quando quero e preciso
De mais goles de meu eu e meu ninguém.

Não me querem como sou ou não
Aceitam o pobre que posso ser;
Mas se eu fosse o tolo rico em paixão
Talvez em máscaras eu pudesse me ver.

Queria vê-los como eu, em épocas de antes
Saber seus atos que hoje, por igual, censuram
No prisma em que vivo, e ver seus semblantes
Em males antigos, que hoje pensam que curam.

Mas os mesmos males meus são marcos
De mentiras medindo a mente que mora em mim;
Monstros e medo, mistérios que miram arcos,
Metros e milhas, moinhos mortos no fim.

3 comentários:

  1. Olá Pedro, sei que sou uma mera desconhecida, mas não tenho como não elogiar o seu blog, de alto nível e bom gosto. Parabéns pelo talento.

    Quando quiser conhecer um blog um pouquinho diferente do seu, mas cheio de boas intenções, vai a dica: www.tanoar.zip.net

    beijoca;*

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  2. Sempre é bom descobrir um poeta ao nosso lado, não companheiro?

    Me avise quando ocorrerá a primeira sessão de autógrafos, ok?

    Abraços e até segunda.

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