relógio parou, tempo emudeceu
ponteiro desistiu, imagem eterna
corda de nó cego que se deu
saci qu'é manco duma perna
o relógio negou o meu pedido
mostrava o mesmo horário toda hora
nem quando eu desisti, vencido,
o meu adorno permitiu-me ir embora
está lá no pulso, quieto e sisudo
fechado em si, sem mais tiquetaquear
cheguei até a pensar qu'estava surdo
mas era o tratante que negara-se a falar!
bem parece me encarar em desafio
é como se...se perguntasse ''e agora?!"
e seu silêncio me vestiu dum arrepio
quand'eu sempre via, rente , a mesma hora.
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