Este é um grito mudo e calado
Àquelas todas em quem eu me perdi.
Confissão de um afeto, assim, velado
Eis que desisto dos amores que ergui.
Não é que não as tenha amado
Tampouco que amor não recebi.
Mas cada riso vivido e abraço dado
Hoje é em vão que soa no ouvir.
Perdi o jeito, o tempo, ou a rima
É com poetas que este sono ocorre.
Gritos de antes, tão belos lá de cima
Não mais ouço, pouco ligo se a alma morre.
O que fui em cada uma quero longe
Os ‘eus’ plurais que descobri, fiquem com elas
Tranquei-me em mim, com a cura d’um monge
Prefiro as vidas alimentadas dentro das celas.
E não me venham cobrar que eu volte a ser
Todo de risos, pois hoje nado em lago medonho;
O sonhador que aqui havia eu vi morrer
Em cada abraço e cada amor vivido em sonho.
"O que fui em cada uma quero longe
ResponderExcluirOs ‘eus’ plurais que descobri, fiquem com elas
Tranquei-me em mim, com a cura d’um monge
Prefiro as vidas alimentadas dentro das celas"
Essa parte ficou genial.
Vc já pensou em publicar?
Se já pensei em publicar? É o que mais quero! Falta-me saber todo o processo rsrs
ResponderExcluiré necessário registrar primeiro. estou para regristrar os meus. quer que te fale dos processos?
ResponderExcluirabraços