quinta-feira, 5 de agosto de 2010

_circense

Como voa a mariposa
À luz da luz que a alumia!
Ela, qual linda esposa,
Enche meu mundo de harmonia.
Ela voa ao sabor do vento
E este lhe afaga o vôo.
O espetáculo eterniza o momento
E a luz lhe concede asas de fogo.

Suas asas cantam na viagem,
Suave e doce melodia;
Pois nessa peça o personagem,
Esconde do público 'alegria.
Sendo eu, de máscara, tragédia
Com o rosto, em secreto, morto.
Sou um: horror e, ao mesmo tempo, comédia,
Num paralelo mundo torto.

E minha voz, abafada e contida
Mostra como eu mesmo me vejo.
Pois nessa peça, a prece escondida
É a mariposa voando em seu ensejo.

3 comentários:

  1. Olha só!
    Que coisa mais linda! rsrs

    Circense, arte, vida. O Tudo numa coisa só!

    Você é ÓTIMO!
    Não pare nunca! :D

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  2. Simplicidade no objeto do poema. Bonito trabalho.

    Liu uns anteriores, uns 3; e parabéns!
    Te vejo amanhá no casamento, padrinho. :-P
    Beijinho!

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