segunda-feira, 15 de novembro de 2010

_corrente

Eis o primeiro poema do novembro

O grito quieto de tempos antes vem agora

É de escrita e de convenção que lembro

Eis o querer falar de tudo e ir embora

Duma levada só vem meu dizer guardado

Tudo que pôde aconteceu nesta só vez

Há vontade de dizer tudo, e irado

Vem o relato do gira-mundo neste mês.


Retalhos, é o que trago amigo, retalhos

memórias do que sequer terminei de viver

Curvas de vida que nem trilhei ainda, atalhos

Chão de nações e de ilhas que não vi nascer.

Terminadas, confissões, rimas e escritos

Fecho as portas do registrar e da lembrança

Virá um novo mês, e outros gritos

Serão meus guias, minha paz e pais, serei criança.